Dona Maria
Localidade no extremo noroeste do concelho, é hoje em dia a localidade mais povoada da Freguesia de Almargem do Bispo. Através da sua população, tem a singularidade de ter dois Ranchos Folclóricos.
Centro de Recreio Popular e Cultura Musical de D. Maria
O Centro de Recreio Popular e Cultura Musical de D. Maria foi fundado em Outubro de 1935 por vontade de alguns naturais que aqui residiam, um dos quais disponibilizou o seu edifício para instalação da sede, a qual ainda hoje existe. Esta realização teve também a colaboração de inúmeros veraneantes que, então, procuravam este lugar de D. Maria, vindos principalmente de Lisboa, para usufruírem da boa hospitalidade dos seus naturais, bem como do ar puro, sem poluição, da água límpida e dos seus usos e costumes essencialmente rurais.
Então, esses veraneantes, na época das suas férias e para preencherem os seus tempos livres, resolveram constituir uma "troupe jazz" com músicos desta localidade, a qual alcançou grande prestígio e deu enorme alento às festividades que se realizavam neste Centro. Esta "troupe" era constituída por 12 elementos.
Cerca de 20 anos depois, a referida "troupe" deu lugar à constituição de um conjunto, já com instrumentos de som, que teve a sua duração até aos anos setenta.
Foi através dos conjuntos referidos que este centro alcançou grande popularidade nas localidades limítrofes.
Notava-se, então, grande necessidade de ocupação dos tempos livres dos jovens que frequentavam a colectividade, principalmente nos fins de semana.
Em 1978 a direcção então existente, formada pelos senhores Rogério Machado da Cruz e Joaquim Martins da Silva, teve a feliz iniciativa da organização de um rancho folclórico.
No inicio, como aliás sucede sempre com iniciativas deste género, o rancho idealizado começou com alguns contratempos, por falta de conhecimentos apropriados, sendo o exemplo mais flagrante o convite feito a um bailarino do então denominado Ballet do Verde Gaio, que era bem conhecido, o qual não satisfez plenamente os objectivos que levaram à criação do rancho folclórico, que era, obviamente, dar a conhecer os usos e costumes da terra, com danças regionais e cantares de características rurais, como era a vivência deste lugar. Foi então que, com mais conhecimentos sobre folclore, e com constantes pesquisas, se começou a realizar um trabalho de mais valia. A partir daí tomou conta do rancho o associado Manuel Luiz Craveira.
GRUPO Folclórico "Os Camponeses" de D. Maria
O Grupo Folclórico "Os Camponeses" de D. Maria nasceu por iniciativa de um grupo de jovens que se reuniam no café aos Domingos à tarde e tiveram a ideia de formar um grupo folclórico, que com a ajuda dos mais velhos se tornou realidade.
Foi fundado em 11 de Fevereiro de 1979.
Tem a sua origem na região saloia da Estremadura, mais propriamente na Aldeia de Dona Maria, Freguesia de Almargem do Bispo, Concelho de Sintra, Distrito de Lisboa.
Os Camponeses de D. Maria transportam consigo trajes do final do séc. XIX, princípio do séc. XX.
Ao longo destes anos passaram por várias fases, entre as quais por começar a ensaiar numa garagem emprestada, até chegar aos dias de hoje com sede própria.
DONA MARIA - Aqueduto das Águas Livres
- Mandado construir pelo Rei D. João V para fornecer água a Lisboa.
- Em 12 de Maio de 1731 foi assinado o decreto para a construção do Aqueduto.
- O projecto do arquitecto Manuel da Maia, a obra só foi totalmente concluída em 1799.
- A obra foi paga pelo povo que aceitou que o Rei lançasse novos impostos sobre a carne, o vinho e o azeite que se consumiam em Lisboa, tornando possível o abastecimento de água a Lisboa.
- Por isso, D. João V mandou colocar no Arco da Rua das Amoreiras uma placa com uma inscrição em latim, que dizia:
No ano de 1748, reinando o piedoso, feliz e magnânimo Rei João V, o Senado e povo de Lisboa, à custa do mesmo povo e com grande satisfação dele, introduziu na cidade as Águas Livres desejadas por espaço de dois séculos, e isto por meio de aturado trabalho de vinte anos a arrasar e perfurar outeiros na extensão de nove mil passos.
Anos mais tarde, o Marquês de Pombal mandou substituir essa inscrição por outra que não referisse que tinha sido o povo a pagar tão grande obra e onde se pode ler:
Regulando D. João V, o melhor dos reis, o bem público de Portugal, foram introduzidas na cidade, por aquedutos solidíssimos que hão-de durar eternamente, e que formam um giro de nove mil passos, águas salubérrimas, fazendo-se esta obra com tolerável despesa pública e sincero aplauso de todos.